As bandas OQuadro, Os Nelsons e BaianaSystem são as atrações de hoje do projeto MAM-BA – Outras Sonoridades, na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia. A partir das 17h o prúblico já terá acesso ao local. Às 17h30, o DJ Mauro Telefunksoul começa a tocar e os shows terão início às 18h. Os ingressos (restritos a um por pessoa) são gratuitos e devem ser adquiridos na bilheteria do MAM.
O evento faz parte da programação do projeto CULTURA EM CAMPO, assinado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), e é realizado pela Funceb com produção da Huol Criações. No próximo domingo (30/06) estão programados shows de Lazzo Matumbi e Marcia Castro, numa noite que conta ainda com a participação do DJ Roger N Roll.
OQuadro
A obra artística de OQuadro é uma celebração da identidade universal do negro, a partir do olhar de negros do interior baiano. Representa a reinvenção de sua própria identidade, que parte de uma matriz e origem africana, mas se dispersa pelo mundo e se refaz por meio de trocas culturais expressas na música. OQuadro é uma das bandas, na Bahia, que representa o hip hop, mas com inovações estéticas a partir do diálogo com outros estilos musicais e movimentos culturais. Ou seja, as composições do grupo oscilam entre o ijexá e o afrobeat, sem deixar, de ser rap. Por esse diferencial e pela riqueza de referências em suas letras, OQuadro foi indicado ao prêmio Hutuz (maior festival de hip hop da América Latina), concorrendo na categoria melhor banda norte/nordeste 2008. Em janeiro de 2010 foram citados na revista Bravo!, na matéria “Os Novíssimos Baianos”, que fala do cenário atual da música baiana. O CD do grupo foi gravado no Studio Coaxo do Sapo, em Salvador, e conta com produção de Buguinha Dub, masterizado por Gustavo Lenza e conta com participações especiais de Guilherme Arantes (que está desenvolvendo um projeto de música instrumental/afrobeat com a banda) e da Mc paulistana Lurdez Da Luz.
Os Nelsons
Proveniente do sertão baiano, a banda Os Nelsons fundamentaliza essa ambiguidade de estar no meio da seca, mas rodeado pela pureza da sua ilha, simbolizada pela sua formação antrópica, como sua cidade de origem, a Ilha de Paulo Afonso. A banda quebra esse paradigma e deixa transparente a vontade de expressar audiovisualmente toda sua originalidade e transformá-la em linguagem universal. A base eletrônica similar à dos guetos de Luanda, do lifestyle de Kingston e das boates de Londres, faz dos Nelsons uma banda única e que não consegue esconder o regionalismo que os difere nesse cenário. Com elementos nordestinos como carimbó, pagode e axé, misturados ao brasileiríssimo samba, aos importados rock, dub, ragga, reggae e kuduro, Os Nelsons lançaram o EP “Os Nelsons Inna Dancehall” e, em recente turnê dentro do evento Grito Rock vem chamando a atenção do público. Este mesmo EP terá uma faixa integrando o novo CD “Brazilian Bass Culture & Beyond” que sairá na Europa, EUA e Canadá. Atualmente, a banda trabalha na pré-produção de um disco completo de estúdio intitulado ‘’Digital’’.
BaianaSystem
A Bahia exporta para o mundo o som produzido pela guitarra baiana. E é para mostrar as novas possibilidades sonoras do instrumento popularizado no Carnaval de Salvador que, há alguns anos, o BaianaSystem produz uma música urbana com influências das culturas brasileira, africana e jamaicana. Nas mãos do idealizador do projeto, Robertinho Barreto, a guitarra dialoga de forma harmônica com as sonoridades africanas e com a liberdade e psicodelia do dub. O instrumento se renova e interage com as bases trabalhadas e mixadas por Chico Corrêa e João Meirelles. Em todas as músicas produzidas pelo grupo há inserções de sons e efeitos com liberdade de improvisos. O vocal também é especial. Na voz de Russo Passapusso, o BaianaSystem explora novas possibilidades de timbragens e de interação com a produção das bases rítmicas dos sound system`s. Essa linguagem e a filosofia das “colagens” dos sistemas de sons, do recriar a partir do existente, tornam o desafio do grupo. BaianaSystem tem um formato que possibilita diversas combinações, “sistemas”. Com isso, amplia a ideia de sound system`s para novas timbragens, estéticas e formações musicais. A base do grupo, no entanto, vem sendo preparada pelo núcleo formado pelo guitarrista Robertinho Barreto, o vocalista Russo Passapusso, o baixista e também produtor do disco Marcelo Seco, o percussionista Wilton Batata e o DJ João Meireles (bases e mixdubs). Toda essa inventividade sonora pode ser conferida no primeiro CD homônimo ao grupo, onde o BaianaSystem canta a cidade e suas nuances cotidianas. Para reforçar o time, o disco conta com participações como as de Chico Corrêa, Lucas Santtana, Gerônimo, Roberto Mendes, Buguinha Dub e o mais constante parceiro do grupo, BNegão. O álbum teve grande aceitação do público e da mídia, tendo recebido críticas positivas de revistas especializadas em música, como a Bravo.
MAM-BA – Outras Sonoridades
Data: Dias 16, 23 e 30 de junho de 2013.
Local: Área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia (Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão)
Ingresso: Gratuito, com distribuição na bilheteria do MAM-BA, no dia das apresentações. Distribuição restrita a 01 ingresso por pessoa.
