Confira fotos da JAM no MAM de 16/11
A noite de 16 de outubro de 2024 ficará marcada na memória de quem viveu a última edição da JAM no MAM. Sob o céu estrelado de Salvador e depois de um pôr do sol deslumbrante, o evento reafirmou sua identidade como um dos encontros mais vibrantes da música instrumental brasileira.
Com um repertório inteiramente nacional, quase todo baiano, a JAM trouxe uma fusão arrebatadora entre o jazz e a sonoridade afro-brasileira, transformando o Solar do Unhão em um verdadeiro caldeirão cultural.
Logo nos primeiros acordes da banda Geleia Solar, anfitriã da noite, o público foi transportado para um universo onde a improvisação e as tradições locais se encontraram em perfeita harmonia. Canções icônicas como “Cordeiro de Nanã”, de Dadinho (Grinaldo Salustiano) e Mateus Aleluia, e “Emoriô”, de Gilberto Gil e João Donato, ganharam novos contornos, guiadas por ritmos que evocavam o candomblé, o samba de roda e outros pilares afro-brasileiros. Cada nota parecia carregar um pouco da alma da Bahia, em um diálogo profundo com o jazz.
Um dos momentos mais surpreendentes foi a estreia da harpa em nossa JAM, criando uma atmosfera quase mântrica – e inédita. O clima ficou ainda mais especial com o solo vocal de Ângela Veloso em “Trilhos Urbanos”, de Caetano Veloso, e o recitativo de Alexandre Vieira em “Deixa a Gira Girar”, do grupo baiano Os Tincoãs, que transformou as vozes do público em um grande coro coletivo. Alexandre Vieira também brilhou na interpretação de Ibejis, de Ubiratan Marques, enquanto Victor Brasil arrancou aplausos no seu solo durante a música "Honra ao Rei", de Letieres Leite.
Ivan Sacerdote e Érica Sá protagonizaram outra performance impactante, com um "solo compartilhado" entre percussão e clarinete que arrancou aplausos calorosos. Outro destaque: Gabi Guedes à frente do pulso percussivo que deu liga à proposta musical desta edição. Lindo demais!
Entre as participações especiais, Juliana Blumenschein brilhou com sua interpretação de “Avião”, de Djavan, em uma manobra inusitada que a levou direto do palco da JAM para o aeroporto, rumo à Alemanha. Mas a JAM contou com muitas outras participações especiais: No piano, canjas de Fernando Giufrida e Caio Ferreira, Jordim Amorim na guitarra, Luã Costa na percussão, Bipex, na bateria, Fernando Miranda no trompete, Mateus no sax alto, André Tang na percussão, Rui das Chaves nas chaves e Akaiá nas congas...!
A noite também foi marcada pela estreia de Rosa Denise como arranjadora, com destaque para os novos ares de “Deixa a Gira Girar”. A percussão de Luã Costa, os improvisos de Bipex na bateria e o talento de Fernando Miranda no trompete adicionaram camadas ricas à noite.
E, claro, a Geleia Solar mostrou por que é o coração pulsante da JAM no MAM, com um time formado por Ivan Huol, Gabi Guedes, Erica Sá, Alexandre Vieira, Ivan Bastos, Felipe Guedes, Luizinho Assis, Tarcísio Santos, Rowney Scott, André Becker, Lucas Declié, Ivan Sacerdote e Rosa Denise.
Se essa noite histórica já te deixou com vontade de viver algo parecido, prepare-se: a próxima edição da JAM no MAM acontece no dia 30 de novembro. Não perca a chance de experimentar essa celebração musical única, onde o jazz ganha sotaque baiano e a Bahia se reinventa a cada nota! Te esperamos lá! CLIQUE AQUI para saber mais e garantir logo o seu ingresso!
Mas, antes, olha só as fotos dessa noite incrível, assinadas por Lígia Rizério: