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Arte da JAM no MAM Arte da JAM no MAM

Jam session não é show; não tem que arrumar a sala para receber a visita. É a sala como ela é! Não tem como o músico se esconder atrás de um script predefinido. Como não se trata de uma “mostra de som”, na JAM no MAM se convida para tocar! Mas, antes de chegar junto, é bom entender como tudo funciona:

Cada performance da JAM conta com uma banda base, a banda Geleia Solar, formada por artistas profissionais da cena local. É ela que abre a programação de cada noite, mas, como a JAM segue à risca o estilo jam session,  depois de um tempo ela dialoga com a participação de músicos que, sem ensaio prévio, tocam conforme a regra número um do jazz: tema e improvisação.

Palco da JAM no MAM. Foto Lígia Rizério

Ainda com dúvidas? Vamos às perguntas mais frequentes:

Não conheço ninguém da JAM no MAM. Como faço para tocar?
Bem, como não podemos adivinhar quem toca ou quem não toca, esclarecemos que nossa JAM é para músicos profissionais ou em formação, com a intenção de evitar um clima de "karaokê" nas apresentações. Na prática, a nossa estratégia é aceitar, a priori, quem pede para tocar. Só então é que saberemos o potencial de cada músico. Essa performance servirá como parâmetro para uma futura participação ou não desse artista. Então, se a sua vontade é tocar com a gente, pode procurar um dos músicos da banda Geleia Solar ao lado do palco (antes mesmo da JAM começar), ou alguém da produção, que você será orientada(o) em como tocar nas noites de apresentação. Como a temporada 2021 da JAM é transmitida on-line, músicos profissionais ou em formação que quiserem tocar – e trocar – com os músicos da JAM poderão passar uma DM para o Instagram da JAM (@jamnomam) ou escrever para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., e uma triagem dos pedidos será feita levando em conta o calendário e a dinâmica de cada sessão.

Posso cantar na JAM?
Partindo do princípio de que o jazz é tema e improvisação, nada impede que esse tema seja cantado, com ou sem letra, independente do idioma ou do ritmo. Temos muitas participações vocais nas nossas jam sessions, mas o importante é ter consciência de que as músicas executadas serão o prenúncio dos improvisos que virão a seguir; assim, uma simples canção deve dar lugar a vários solos, cabendo ao cantor/cantora aguardar a sua vez de retomar a melodia.

Palco da JAM no MAM. Foto Lígia Rizério

Eu posso escolher a música?
Você pode sugerir, lembrando que nem todas as músicas "servem" para se improvisar, seja por terem uma harmonia muito extensa ou por se basearem demasiadamente na letra. Exemplificando: a linda canção "O bêbado e o equilibrista" tem uma letra muito grande e uma harmonia linear, não cíclica. A cada volta são mais de 60 compassos! Por outro lado, “Wave” de Jobim, uma das canções mais populares em jams pelo mundo afora, tem uma harmonia clássica no formato AABA, com 12 compassos no A e oito no B, num excelente exemplo do que chamamos Standards. Ou seja, um prato feito para a improvisação!

Tenho que levar meu próprio instrumento?
Disponibilizamos bateria completa, congas, bongô, timbales, aparelho de baixo e de guitarra. Sempre que houver pianista na banda base, um piano estará à disposição. Recomenda-se que guitarristas, baixistas, saxofonistas, flautistas etc. levem seus próprios instrumentos.

Quantas músicas eu posso tocar?
Depende da sua performance e do seu entrosamento com os demais músicos. Depende também da dinâmica de cada noite. Em geral, duas a três músicas por canja, mas esse número pode ser elevado a quatro, cinco, seis, ou reduzido a uma música somente. Outro fator preponderante é a quantidade de músicos que tem naquele sábado para tocar.

Panteras Negras na JAM no MAM. Foto Lígia Rizério

Queria tocar com minha banda... Posso?
A proposta da JAM é tocar sem ensaio prévio e com músicos com quem você não programou tocar; aí está a magia desse tipo de apresentação musical. É um espaço para experimentação, para o risco. Mas já aconteceram temporadas em que disponibilizando os primeiros 45 minutos para que bandas, orquestras ou big bands pudessem mostrar o seu trabalho. Nesses casos, houve um agendamento prévio e os grupos tinham em seus repertórios “música instrumental com improvisação”. Entendemos que isso aproxima um número ainda maior de artistas ligados à cena instrumental e fortalece o intercâmbio com grupos de outras localidades. O bom desses encontros é que alguns integrantes da banda acabam dividindo o palco com nossos músicos e entrando no clima da jam session. Se você gostou da ideia, envie um e-mail para a Huol Criações e Produções Artísticas: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A seleção dos grupos está sujeita à agenda da JAM e aos mesmos critérios usados na seleção dos músicos que participam das jam sessions.

 

Lembre-se: A responsabilidade de quem está tocando aumenta na medida em que há a percepção de que se é observado, diminuindo-se assim os devaneios “autistas” dos artistas em seus solos intermináveis. No palco, são todos parceiros! Muitas vezes nunca tocaram juntos, ou nunca tocaram aquela canção em especial, mas tentam potencializar convergências musicais, desenvolvendo uma linguagem própria dentro deste estilo universal, o Jazz.

 

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